sábado, 8 de dezembro de 2007

Desespero…
Desespero desesperando pelos desesperos dos desesperados,
Desesperos desesperadamente desesperados…
Sentidos numa só voz que ecoa
Na sala funda da exasperada consciência
Que assiste à dormência,
Dos sentidos estilhaçados no chão.
Qual carvão, que resta
Do lume acedo crepitante
Sentido único de vida,
Único pedaço excitante,
Silêncio silenciado,
Eleva a sua voz em cada labareda,
gritante mudo a cada crepitar do lume.
A força resigna o ramo à indecência,
Do fogo que lhe queima a carne.
Inspirando os óxidos da eterna solidão
Que espera,
Que inspirando expira, e
Desesperando desespera,
O desespero dos desesperados é o que sobrevive
É tudo o que nos resta...

Sem comentários: