sexta-feira, 14 de dezembro de 2007


Foge comigo deste mundo…
Atravessa comigo a grande barreira do infinito.
Vamos ser imortais os dois.
Respiremos os mesmos ares celestes no nosso paraíso terreno.

Apressa-te
Quero partir já…
Para não ter saudades do que larguei…
Deixar toda a solidão para trás.
Não fui talhada para despedidas…

Quero deixar-me ir…
Para lentamente repousar na nossa fortaleza.
Criaremos uma nova vida só tu e eu.
Quero sonhar...
Deixar de pensar….
Porque não apenas sentir?!
Quero voar contigo onde nunca ninguém voou.
Quero juntar as nossas almas com um nó cego…
Não me quero desatar de ti.

Quero ser tu e que tu sejas eu.
Vamos deixar o singular…
Anseio pelo plural…
Vamos ser mais que amigos…
Vamos romper com a critica,
Deixar de lado as opiniões dos outros…
Sermos nós mesmos.

Acredita em mim….
Sente cada palavra que escrevo,
Olha-me nos olhos…
Sente a nostalgia
Vês como é possível?!

sábado, 8 de dezembro de 2007

Desespero…
Desespero desesperando pelos desesperos dos desesperados,
Desesperos desesperadamente desesperados…
Sentidos numa só voz que ecoa
Na sala funda da exasperada consciência
Que assiste à dormência,
Dos sentidos estilhaçados no chão.
Qual carvão, que resta
Do lume acedo crepitante
Sentido único de vida,
Único pedaço excitante,
Silêncio silenciado,
Eleva a sua voz em cada labareda,
gritante mudo a cada crepitar do lume.
A força resigna o ramo à indecência,
Do fogo que lhe queima a carne.
Inspirando os óxidos da eterna solidão
Que espera,
Que inspirando expira, e
Desesperando desespera,
O desespero dos desesperados é o que sobrevive
É tudo o que nos resta...