quarta-feira, 28 de maio de 2008



Um dia sonhei…
Sonhei que era mais do que via,
Olhei o espelho e renunciei a mim mesma.
Toquei-me e senti que não me conhecia.
‘Que corpo é este que me prende a alma’ perguntei
Questão á qual não obtive resposta.
Então sentei-me, e procurei dentro da minha essência.
‘Ali encontrarei a resposta’ pensei
Tudo o que encontrei foi uma porta.
Cuidadosamente entrei…
Apenas se via breu e numa janela fechada uma brecha de luz entrava…
Habituei os olhos á luz… e ai distingui as formas…
Mobiliário antigo amontoava-se por todo o quarto,
Retratos antigos empoeirados enchiam o mogno das estantes.
Rostos desconhecidos posavam para as fotos, com fatiotas elegantes.
Mas nada disso me dizia respeito.
Continuei… e caído no chão encontrei um pequeno retrato.
Eras Tu…. Um simples tu
Ai o coração apertou-se.
Então percebi…
Como poderia perceber-me se enchia a cabeça com preocupações absurdas
Com pessoas indiferentes
E punha de lado a minha certidão de liberdade, a minha verdade, a outra metade de mim.
Tu…