Porque quando durmo me esqueço. Esqueço tudo. Esqueço o que sou, o que quero ser, o que fui. (talvez dormindo “ser-se” não faz tanto sentido).
Nesse momento sou tudo e todos. Sou Presente, sou Passado, sou Futuro. Sou tudo aquilo que não sou.
Quando durmo, viajo. Até aos sítios mais remotos. Posso ir de Espanha à China num segundo, passando pelas galáxias do universo, e pelas estrelas e cometas, como se conhecesse o universo de fio a pavio. Como a palma da minha mão…
Quando durmo vejo tudo o que os olhos não vêm, oiço tudo o que os ouvidos não captam, tacteio o impossível de tactear. Vejo vento, oiço o sol, toco o mar…
Sinto o tempo passar, pelas eras e eras, do principio ao fim dos tempos. Quando durmo vou ao fim do mundo e volto, transformo a terra com os ideais revolucionários, da verdade, da liberdade, da fraternidade, do amor….
Vivo mil sonhos sem fim…
Até que acordo…
Se na realidade dormi e me esqueci, como me poderia eu lembrar de tudo isto, talvez na realidade não tenha “dormido”…..............
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